28 abril 2011

A educação como modo de vida

Geralmente, quando se fala em educação, pensamos imediatamente em escolas, alunos, professores, livros, materiais pedagógicos. Ou seja, a palavra remete imediatamente ao universo escolar. No entanto, a escola não é o único lugar onde a educação acontece.

Num sentido bem amplo, a educação é uma parte do modo de vida de um povo, um componente fundamental de sua cultura. Sem ela seria impensável a aquisição e a transmissão da cultura dos mais diversos grupos sociais. A educação não se realiza sempre do mesmo modo, mas varia historicamente de acordo com as necessidades de cada povo e de cada época. Não existe, portanto, um modelo único e definitivo de educação: [...] Da família à comunidade, a educação existe difusa em todos os mundos sociais, entre as incontáveis práticas dos mistérios do aprender; primeiro, sem classes de alunos, sem livros e sem professores especialistas; mais adiante, com escolas, salas, professores e métodos pedagógicos. (O que é educação, Carlos Rodrigues Brandão. São Paulo, Brasiliense, 1984.)
A educação existe tanto em sociedades tribais de povos caçadores agricultores ou nômades, quanto em sociedades de países desenvolvidos e industrializados. O dia 28 de abril é dedicado a este importante elemento de aquisição e de transmissão de cultura.
Escolarização no Brasil
Ainda hoje, as escolas de nosso país enfrentam muitos problemas: insuficiência das verbas públicas, formação precária dos professores, baixa qualidade de ensino, alto índice de repetência e evasão escolar, falta de vagas nas creches, problemas com a merenda escolar, sucateamento das escolas, baixa remuneração dos docentes. Essas, entre outras, são situações vividas pela imensa maioria dos brasileiros.
A necessidade de maiores investimentos na área da educação é uma constatação antiga. Hoje, porém, cresce a consciência social de que a resolução dos graves problemas por que passamos dependerá da formação dos jovens, para que exerçam a cidadania.
Apesar do aumento da escolarização no país nos últimos anos, apenas 32% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estão atualmente matriculados no ensino médio, segundo dados do próprio MEC. Os 68% restantes ou se encontram ainda no ensino fundamental ou abandonaram os estudos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), na Colômbia a escolaridade nessa faixa etária é de 50%; no Chile, de 55%. Na Europa a taxa chega a 80%.
São visíveis e alarmantes as conseqüências dessa baixa escolarização: desemprego, marginalização social, violência e toda a sorte de mazelas sociais que vivemos em nosso cotidiano.
Em termos mundiais, para diminuir o número de analfabetos e aumentar a escolarização média, a Unesco sugere aos países desenvolvidos o perdão das dívidas das nações pobres, com sua conversão para investimentos em educação. 
No Brasil, alguns setores da sociedade, estão mobilizados em torno de propostas para a educação de jovens e crianças, na tentativa de dimunuir as dificuldades que o governo encontra para solucionar problemas nessa área. ONGs (Organizações não-governamentais) proliferam pelo país com projetos educacionais, além do trabalho voluntário, que vem sendo altamente estimulado pela mídia.
Além dessas iniciativas, o ensino a distância, possível graças às novas tecnologias, pode trazer importantes contribuições para que essa triste situação se modifique.

FONTE:
http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/secoes/datas_com.aspx?cod=175

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