A realização do Rock in Rio, de acordo com os organizadores, custou R$ 95 milhões, dos quais R$ 7,4 milhões foram captados via renúncia fiscal, pela Lei Rouanet. A Sefic havia autorizado a captação de R$ 12 milhões.
Os ingressos foram dados ao MinC por força de um decreto, que determina que até 10% do que for produzido com incentivo público seja encaminhado ao ministério, que determina o seu destino.
De acordo com o secretário Henilton Parente de Menezes, desde o ano passado ele adota a política de distribuir os ingressos aos funcionários como forma de "qualificação dos servidores". "Uma equipe que trabalha com mecanismos dessa complexidade não pode ficar ausente do mundo cultural", afirmou.
| Danilo Verpa 25.set.2011/Folhapress | ||
| Público do Rock In Rio acompanha os shows de heavy metal |
"É uma atitude de gestão minha. Não faço distribuição de ingresso para políticos ou para amigos meus. É uma forma para que os técnicos conheçam a dinâmica de um evento", disse.
Ele afirmou ainda que os livros e CDs recebidos, por exemplo, são enviados à Biblioteca Pública Nacional. Menezes também compareceu a uma noite do festival, com credencial cedida pela organização.
Sobre a crítica feita ao ministério por conceder incentivos fiscais a grandes eventos, como o Rock in Rio ou a apresentação do Cirque du Soleil (que foi autorizado a captar R$ 9,4 mi), Menezes afirmou que, como a Lei Rouanet admite que haja o patrocínio, ele não pode "proibir algo que a lei não proíbe."
Ele defendeu mudanças na lei, por achar que ela "não cabe mais na sociedade brasileira". "A polêmica do Cirque du Soleil, por exemplo: para a lei, é circo e pronto, e todo circo tem direito ao benefício. Assim, o Cirque du Soleil é enxergado da mesma forma que um circo tupiniquim."
FONTE: Folha.com
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