13 maio 2011

Estudo aponta risco de novos ataques do PCC em São Paulo

São Paulo pode enfrentar nova onda de ataques do PCC contra a polícia, como os que ocorreram em maio de 2006, devido à falta de ações do Estado para combater a facção criminosa nos últimos cinco anos. É o que diz o estudo “São Paulo sob Achaque”, divulgado ontem pela ONG Justiça Global, em parceria com a Universidade de Harvard.
Segundo os pesquisadores, o quadro atual da segurança pública no Estado é semelhante ao de 2006: prisões superlotadas e controladas pelo PCC, polícias vulneráveis a ataques e um número expressivo de casos de corrupção e execução envolvendo policiais.
“Os dados mostram que uma nova onda de violência é possível na capital e na grande São Paulo”, diz Fernando Delgado, advogado da Clínica de Direitos Humanos de Harvard. Para justificar as previsões, Delgado aponta que oprimeiro trimestre desse ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, teve mais mortes de policiais militares em serviço do que o registrado nos três meses que antecederam os ataques de 2006.
Além disso, as prisões que enfrentaram rebeliões há cinco anos registravam superlotação de 147% acima de sua capacidade. Hoje, a ONG afirma que as mesmas unidades enfrentam uma superlotação de 195%.
Em relação à corrupção, que segundo o estudo teria sido o motivo dos ataques de 2006, Fernando diz que pouco é feito para punir os envolvidos nesse tipo de crime e que as condenações não atingem a cúpula da Segurança Pública.


fonte: eBand

Ex-secretário de Segurança: relatório sobre PCC é simplório 

O ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo Saulo de Castro Abreu Filho, atual titular da pasta dos Transportes, disse que é "muito simplório" o relatório São Paulo sob Achaque, feito pela ONG Justiça Global e que liga a corrupção policial contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) aos ataques contra oficiais e bases, em 2006. O estudo é uma parceira da ONG Justiça Global e da Clínica Internacional de Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Harvard. As informações são da Rádio Jovem Pan.
"Eu não li o relatório, mas achei um pouco singelo demais que um investigador de polícia que trabalhava numa delegacia suburbana de São Paulo tenha gerado toda essa polêmica. Acho que o relatório pecou um pouco pela singeleza na análise de uma questão que é muito mais complexa", disse ele, que era o secretário de Segurança Pública na época. Segundo o relatório, também foram razões para os ataques a falta de integração dos aparatos repressivos e a transferência que uniu 765 chefes do PCC, às vésperas do Dia das Mães de 2006, numa prisão do interior paulista.

Fonte:Terra

SP: governo descarta ligação entre ataques a bases policiais e facção criminosa

SÃO PAULO - A Secretaria de Segurança Pública descartou que os dois ataques a bases da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) tenham relação entre si ou estejam ligados a uma ação da facção criminosa que age nos presídios de São Paulo. As bases foram alvo de ataques na madrugada desta segunda-feira. Os atentados aconteceram na semana em que a onda de terror contra as forças policias paulistas promovida pela facção criminosa completa cinco anos. Apesar da coincidência de datas, a Secretaria de Segurança Pública descarta tanto a relação entre os casos como o envolvimento da organização criminosa nas ações.
O primeiro ataque aconteceu por volta da 0h30 em Santo André, no ABC, região metropolitana de São Paulo. Dois homens em uma moto atiraram contra a base da GCM da na Rua Coronel Celestino Henrique Fernandes, na Vila Palmares. Os tiros destruíram os vidros da frente e da parte de trás o local. Ninguém ficou ferido. A guarda informou que cerca de duas horas depois do atentado uma equipe da corporação que fazia ronda de carro pela região avistou duas pessoas em uma moto e mais quatro andando a pé. Ao perceberam a aproximação da viatura, os suspeitos teriam atirado e fugido, de acordo com a GCM. Esses disparos atingiram o vidro, a placa e a lateral do veículo da guarda. Ninguém foi preso.
Por volta das 2h30m, os ocupantes de um Gol preto passaram atirando na frente da base da PM localizada na Avenida do Poeta, no Parque Novo Mundo, na Zona Norte da capital paulista. Os disparos atingiram o carro particular de um policial militar e uma placa. Ninguém ficou ferido. De acordo com o delegado Antonio Carlos Corsi, do 73º Distrito Policial, que atendeu a ocorrência, os PMs relataram que o mesmo carro passou outras duas vezes na frente da base.
Na última delas, os policiais iniciaram uma perseguição ao veículo. O Gol seguiu por ruas de Guarulhos e voltou para São Paulo, onde acabou batendo contra uma viatura da PM. Os ocupantes do carro se refugiaram então no 90º DP, que também fica no região. Um dos dois ocupantes do carro, um soldador de 27 anos, acabou baleado no peito e na coxa esquerda. Um estudante de 18 anos, que também estava no Gol, se rendeu.
Ainda nas palavras do delegado, os PMs relataram que os dois ocupantes do carro portavam uma pistola 9 mm, que é de uso restrito da polícia. No comunicado da Secretaria de Segurança Pública, é informado que a dupla também tinha um binóculo e uma munição de calibre 380. O soldador foi levado para o Pronto Socorro da região e segue internado. A dupla foi presa em flagrante. O estudante deve ser transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP). Eles foram atuados por posse de arma de fogo de uso restrito, perigo para a vida, dano qualificado e resistência.
Em depoimento, os dois, que não possuem passagem pela polícia, negaram a autoria dos disparos contra a base.
- O rapaz baleado negou com veemência. O outro aparenta estar muito confuso e não fala coisa com coisa - afirmou o delegado.
Corsi descartou ainda a possibilidade de eles estarem a serviço da facção que atua nos presídios paulistas. A Secretaria de Segurança Pública disse que a polícia informou à pasta que o dois atentados não têm relação "entre si e tampouco com qualquer facção criminosa"
Os ataques contra as forças de segurança do estado em maio de 2006 promovidos pela organização criminosa que atua nos presídios deixaram 43 agentes mortos. Na reação da polícia, há indícios de execução de 122 pessoas. Os atentados teriam sido motivados pela decisão do estado de isolar líderes da facção presos.
Nesta segunda-feira, a ONG Justiça Global e a Clínica Internacional de Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Harvard, nos Estados Unidos, divulgaram o relatório São Paulo sob Achaque: Corrupção, Crime Organizado e Violência Institucional em Maio de 2006, que estudou as causas dos atentados. A conclusão, baseada na pesquisa de documentos e entrevista com envolvidos, é que a onda de violência foi motivada por extorsão de policiais a integrantes da facção, pela demora do governo em estruturar uma ação preventiva e pela dificuldade em combater a crime organizado no interior das cadeias do estado. A Secretaria de Segurança Pública informou que não comentaria o relatório.

Fonte: OGlobo 

 

Fonte: http://policialbr.com/profiles/blogs/estudo-aponta-risco-de-novos-1?xg_source=msg_mes_network#ixzz1MHoCbcre

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