11 abril 2013

POLICIAIS CIVIS-MS QUEIMAM CAIXÃO À FRENTE DA GOVERNADORIA DO ESTADO







Policiais civis queimam caixão em frente à governadoria,em protesto por melhores salários

Após deliberarem por greve geral, na manhã desta quarta-feira (10), policiais civis de vários municípios de Mato Grosso do Sul saíram em carreata rumo à governadoria, onde queimaram um caixão, simbolizando a morte da polícia civil, em protesto ao baixo salário pago à categoria.

 Durante o percurso, diretores do sindicato em cima de um trio elétrico falava à população o motivo do protesto. “O governo do estado trata a segurança pública com descaso. Não podemos aceitar isso! Trabalhamos com efetivo reduzido, sem estrutura, com pneus de viaturas carecas e ainda recebemos um dos piores salários do Brasil”, falava o presidente do SINPOL/MS, Alexandre Barbosa da Silva.
 Já no Parque dos Poderes, os policiais civis tomaram conta da frente da governadoria, onde com faixas criticando o descaso do governo e o baixo salário, chamavam a todo o momento pela vice-governadora em exercício, Simone Tebet, enquanto o caixão era queimado.

De acordo com o diretor do sindicato, André Bittencourt, há seis anos, escuta o governador do estado, André Puccinelli pedir paciência quando se trata do salário da categoria. “É sempre o mesmo discurso, ‘tem que ter paciência’. Enquanto isso, em dois meses, foram gastos R$ 13 milhões em publicidade. Porque não utilizar este dinheiro com a compra de viaturas?”, questiona o policial André Carvalho Bittencourt, diretor do sindicato.

Diante da falta de diálogo e do entendimento com o governo estadual em relação ao reajuste, a categoria entrará em greve a partir do dia 02 de maio.

“Infelizmente, digo à população que os policiais civis de Mato Grosso do Sul entrarão em greve geral a partir do dia 2 de maio. Não queríamos parar os nossos serviços, mas o governador está nos obrigando a fazer isso e peço a todos que nos ajudem nessa campanha”, declarou Barbosa.

De acordo com o vice-presidente do Sinpol, Roberto Simião de Souza, há menos de sete anos, o policial civil de MS recebia o 6° melhor salário do país, e hoje já são o 25º Estado com o pior salário do Brasil.
 “O salário do policial civil sul-mato-grossense ‘despenca’ a cada ano que passa e apesar disso, representamos uma das polícias mais eficientes do Brasil. Isso é muita incoerência”, disse.

Para o policial civil Thiago Luzio Fernandes, este protesto de hoje mostra a força da categoria. 
“O protesto de hoje, foi apenas um sinal para o governo estadual de que os policiais civis de MS são fortes. Com certeza vamos alcançar nosso objetivo”.

A manifestação contou com o apoio de todos os diretores do SINPOL/MS, do presidente da UGT/MS e do SINDIMASSA-MS, Fábio Bezerra, do presidente do sindicato dos Vigilantes de Campo Grande, Celso e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Campo Grande, Marcos Tabosa.

 Manifestações
A categoria promete uma onda de manifestações antes da greve.

Na próxima terça-feira, dia 16 de abril, os policiais farão uma nova manifestação, desta vez em frente à Assembleia Legislativa de Campo Grande, onde reivindicarão o apoio dos deputados. “Vamos pedir apoio de daqueles que representam a sociedade”, disse o presidente do sindicato.

Na semana seguinte, a categoria promete um movimento ainda maior em todo o estado de Mato Grosso do Sul, onde será realizado o lançamento da Greve Geral. “Vamos lutar o quanto for preciso para conquistarmos um salário digno e poder oferecer qualidade de vida para os nossos familiares, tal como é o desejo de qualquer cidadão brasileiro”, disse Alexandre Barbosa.

Barbosa ressalta que todos os policiais devem se manter mobilizados e atentos aos próximos movimentos. “O protesto de hoje serviu para mostrar o quão forte é a polícia civil de Mato Grosso do Sul e que unidos, somos mais fortes ainda. Vamos nos manter unidos e mobilizados para então alcançarmos mais uma vitória”, desabafou.
O presidente destaca que qualquer dúvida referente às próximas mobilizações pode ser sanada com os diretores sindicais de base ou diretamente no sindicato.
 
Fonte: Sinpol/MS

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